11 de janeiro de 2014

QUEM NÃO CONHECE LHE COMPRA... COM CERTEZA.


Sophia abriu o portão e olhou para os dois lados, colocou primeiro um pé na calçada percebeu que estava seguro então colocou o outro pé, enfim estava na rua. Precisava ir até ao mercado e não tinha como evitar. Mas mal começou a caminhar lá veio ela... A vizinha.  
Ela era uma adorável e fofa vizinha, tinha oitenta e seis anos e parecia que apresentava bem menos a olhar para sua disposição em persegui-la, só tinha um probleminha, sua curiosidade a qual a irritava.  Queria saber de tudo.
Como vai, aonde vai, o que vai fazer e por ai a fora. Sophia tinha uma paciência, afinal não poderia ser mal educada com a fulana intrometida devido a sua idade, por fim conseguiu despistá-la e continuar o seu caminho.
Ela sempre convidava Sophia para uma passada em sua casa para tomar um cafezinho. Uma vez bem no comecinho Sophia até caiu na armadilha da curiosa e foi até sua casa, mas quando percebeu que ela sabia da vida de todos na redondeza achou melhor evitar muito contato, não queria de forma alguma que alguém a associasse aquela linda senhora porem fofoqueira.
Para estas pessoas curiosas (fofoqueiras) quando um estranho vizinho não é muita de falar podem guardar alguns segredos sombrios e até perigosos para a humanidade, elas têm por obrigação darem uma de investigadoras para verem se a pessoa não é um perigo para aos demais vizinhos.
Para a vizinha fulana era assim, ainda mais que ela assistia aquela serie policial “vizinho assassino”.  Uma eterna maluca solitária, sem ter o que fazer isso sim.
Sophia comprou uma moto para sair mais rápida sem interrupções, mas sempre que dava uma olhadinha com o cantinho do olho em direção a casa da vizinha, lá estava ela lhe dando um adeuszinho com um lindo sorriso.
Sophia dava um meio sorriso e pensava:

“quem não conhece lhe compra, com certeza.”




Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes,
 a bondade com os maldosos; e, por estranho que pareça, 
sou grato a esses professores.
(Khalil Gibran)



Hoje estou na preguiça mas desejando a você um lindo sábado e domingo.

Beijinhos

15 comentários :

  1. Nossa, Verinha, como tem gente assim no mundo! Muitas vezes, por já estarem mais velhas, a gente releva, tem peninha, afinal já não fazem mais muita coisa na vida e tomar conta da vida dos outros é sempre interessante para elas. Tenho aqui na serra, uma vizinha mais ou menos assim, embora seja gente boa e prestativa, mas toma uma conta danada de tudo que se passa ao redor das casas. kkkkk
    Bom sábado pra você também, beijinhos cariocas e obrigada pela visita.


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  2. Oi, Verinha, esse ditado é antigo, lembra minha avó! :)
    Pessoas são pessoas, com suas qualidades ou defeitos, independente da idade... mas é claro que por educação, respeitamos sempre, sobretudo os mais velhos.
    Moro num condomínio mas procuro não me envolver muito com os vizinhos, sou educada... mas procuro preservar minha vida pessoal acima de tudo.
    Assim todos ficam felizes, hahaha.
    Um abraço!

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  3. Oi Vera! Como está?
    Sua crônica, além de hilária, é bem comum, pois não há quem não tenha uma vizinha fofoqueira, não é? Minha mãe mesmo está sempre alerta com uma vizinha dela, que sabe de tudo e de todos. Colhe as informações e repassa de casa em casa. Brincam que ela tem rodinhas de geladeira nos pés, porque não pára em casa. Ela nem sabe que também é piada na rua. Mas ela merece!
    Um abraço!

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  4. rsrsr Adorei!!
    Menina, o pior é que acho que todos nós temos uma vizinha dessas né?
    Olha... as pessoas as vezes sabem mais da nossa vida que nós mesmos. rsrsrs

    Adorei..

    Beijinhos minha linda.. e que seu final de tarde seja mais que lindo.

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  5. Querida Verinha
    Me divertí com a sua crônica
    Muito legal e é bem assim mesmo...rs
    Te desejo um lindo domingo e tudo de
    melhor
    Um beijinho carinhoso de
    Verena e Bichinhos

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  6. Idade avançada não é sinônimo de bonzinho/boazinha como bem mostra tua crônica!
    O pensamento de Gibran é uma bela prisão.
    Compartilhamos hoje dessa preguiça! Beijo.

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  7. Olá!Bom dia, querida amiga Verinha
    também, estou numa "tiriça"que só vendo...depois que voltei das Festas, está dificíl me manter com um ânimo bom...
    sobre a sua bela crônica....penso até que muitas conseguem e passam a vida inteira fofocando e pior , só ela pensa que ninguém sabe disso... muito desagradável quando é uma pessoa mal-intencionada, e usam a fofoca para manipular os outros, aproveitar-se do próximo, desestabilizar famílias, passar a rasteira em alguém para se dar bem.Sim, creio que muitos de nós temos como vizinha, uma senhora dissimulada , simpatica e carismática que gosta de falar dos "outros" para nós, e que muitos até "compram"
    agradeço pelo carinho,muito obrigado, belo domingo, beijos!

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  8. Quem não teve uma vizinha"boazinha" assim?rssssss...Cada uma!!Lindo conto! beijos praianos,chica

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  9. Querida amiga Verinha...!!!

    Senti-me honrado com mais uma sua presença
    Em meu blogue, com o seu carinho de sempre.
    Passando para retribuir, deixar o meu abraço e
    Carinho, desejando-lhe um lindo domingo e
    Maravilhoso final de semana para você.
    Beijos de luz !

    POETA CIGANO – 12/01/2014

    http://carlosrimolo.blogspot.com
    “Poesias do Poeta Cigano”

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  10. Delícia de relato...Há sempre uma "vizinha" como esta em toda a parte...:)

    Bjo, Verinha

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  11. kkkk quem não conhece uma peça dessa , rssss

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  12. Menina lembrei da Dona Cida uma vizinha que tínhamos e era bem assim se acredita que até de noite dormia com a janela aberta e sabia de tudo, chamavamos ela de guarda-noturna fofoqueira, kkkk

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  13. Oi, Verinha!
    Eu agora moro no paraíso! Não tenho vizinhos para tomar conta do que faço. Mas não foi sempre assim... rs. A minha mãe já mudou de casa por causa de um vizinho fofoqueiro. Eu já mudei de trajeto por causa de fofoqueiros - Já viu que homem em boteco também são fofoqueiros? Pelo meu comentário dá para você perceber que acho os homens mais fofoqueiros que as mulheres.
    Me diverti com sua crônica e o final foi hilário! Os olhinhos da velhinha não perdem nada!
    Beijus,

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  14. Olá Verinha! Tudo bem? Há quanto tempo... muita coisa mudou por aqui em seu espaço e no meu também.
    Interessante esta sua crônica, bem realista, porque realmente temos que respeitar os idosos, o problema é que muitos se esquecem que também deveriam respeitar aos outros.
    Independente da idade, sempre tem alguém disponível a cuidar de nossas vidas, eu procuro não me afetar, pois acredito que quem se presta a este papel, é alguém que considera-se tão sem importância que precisa diminuir os outros para se sentir melhor. E pior, inventar motivos, o que considero bastante perigoso.
    Como foram os eventos de fim de ano? Feliz 2014.

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  15. Olá, querida Verinha
    Também aprendi a bondade com os maldosos... lindo isso!!!
    Os fofoqueiros são tremendos... tanto na vida real como na virtual... rs...
    Deus nos livre do caminho deles...
    Bjm fraterno

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