16 de julho de 2013

Dona Coisa e Fulaninho...

Dona Coisa é uma senhora muito serenada que pouca coisa a tira do serio, porem de uns tempos para cá ela anda com os nervos em frangalhos, seu vizinho o Fulaninho, um jovem de cabelos longos que esconde seus olhos, roupa escura, cara de poucos amigos, resolveu aprender a tocar bateria. Dia sim dia não eles se esbarram na padaria do bairro, ela chega quando ele esta saindo ou vise e versa, ela lhe diz um bom dia e ele apenas acena com a cabeça. Dona Coisa dá um sorriso e acha graça de seu jeito de se esconde de algo ou apenas desta sociedade cheia de regras. Coisa de gente jovem pensa ela.
O Fulaninho fica horas do dia tocando aquela maldita bateria, começa bem cedo e só para no almoço, recomeça logo após e vai até altas horas da noite. É um barulho infernal, daqueles pratos batidos insistentemente e muito mal. Todos da casa andam nervosos, mas Dona Coisa os acalma dizendo que logo o Fulaninho vai perder o interesse, com certeza ira enjoar daquele brinquedinho e o confronto só iria dar mais motivo para o Fulaninho continuar ou tocar mais mal ainda.
Um dia alguém grita pela janela: “meu Deus não aguento mais isso, vou até me suicidar”. Ela corre para ver quem foi o infeliz e dá de cara com a Coisinha (filha) na janela de seu quarto. Por fim Dona Coisa consegue impedir o suicídio e continua argumentando que um escândalo seria algo bem pior.
Já sozinha em casa e varrendo o pátio algo cai na cabeça de Dona Coisa indo parar na piscina, era um bilhete jogado da casa do Fulaninho, mas como ficou todo encharcado, ela não pode ler. Correu para dentro de casa pegou papel, caneta e escreveu um bilhete assim:
- molhou não consegui ler o seu recado
Jogou por cima do muro em direção a casa do Fulaninho. Esperou por um curto período e logo veio um saco de plástico com um bilhete dentro. Ela pegou e leu o seguinte:
- Desculpe pelo transtorno estou aprendendo a tocar bateria.
Ela sorriu e respondeu ao bilhete assim:
- Serio?  Há!!! Tudo bem, só estou pedindo para Deus que seja logo...
Depois de um mês naquela tortura, certa manhã a família ficou admirada, uma linda musica tocava, um belo som invadiu a casa. Todos estavam extasiados o fulaninho até que enfim aprendera a tocar a bateria e cantava divinamente. A família estava feliz o som infernal havia terminado.
No pátio havia um bilhete:
- Deus ouviu as suas preces... Obrigado... Semana que vem vou começar com a guitarra... Reze...
 Sorry 

É... Ela pensou:  finalmente ele enjoou da bateria... :))))

Verinha



A quem passar por aqui uma semana de muita alegria.
Beijinhos.