9 de junho de 2013

"MAS EU NÃO AMAVA"


Estava chegando à casa de uma amiga, família reunida e a conversa pegando fogo, eles estavam com uma visita vinda de São Paulo. Uma moça que aparentava uns trinta anos mais ou menos isso, uma advogada, solteira. Aparentemente uma pessoa simpática e muito educada, até então foi o que me passou ao vê-la. Percebi minha amiga de mau humor estava fervendo parecendo chaleira que fica por horas no fogo borbulhando, juro que até fumaça via saindo de sua cabeça. 

Apresentando minha amiga, a qual não me permitiu contar seu nome, é muito ciumenta, ao extremo. Um dia começou a trabalhar uma senhora na empresa onde seu marido trabalhava e ela não acreditou que era uma senhora, ele teve que trazer a identidade da pessoa para ela ter certeza que dizia a verdade, só uma amostrinha do tamanho de seu ciúme. 


Pois bem, quando ela me avistou correu e me apresentou a prima do marido a que chegou de São Paulo. Colocando-me a par da discussão quis saber qual era minha opinião. Bom o assunto começou com uma perola que a prima atirou, começavam a falar sobre ciúmes e minha amiga já ficara na defensiva, pois como o ciúme era seu calcanhar de Aquiles queria defender a todo custo sua opinião. A prima dissera que se um homem casado tivesse uma noite com outra mulher, e não existisse amor naquela relação não poderia classificar como traição. Imaginem minha amiga como ficou a todo custo ficou tentando convencer a pessoa que seria uma traição sim e que em hipótese alguma concordaria com aquela sandice. E por ai foi a discussão até a minha chegada, eu até nem queria ter ido, tantas coisas por fazer em casa, queria colocar meu trabalho em ordem, mas marido disse que teria a segunda e faria bem sair um pouco para jogar conversa fora, na hora eu queria jogar a pergunta. 

Para a decepção de minha amiga que esperava que eu entrasse junto com ela na discussão e acabássemos com a prima safada, bom foi assim que ela a chamou, mas disse que não poderia dar minha opinião porque já fora traída, aquele assunto me aborreceria, que a prima ouvindo isso já imaginava minha opinião. Na mesma hora todos olharam para o Vilson (meu marido) e ele mais do que depressa levantou os braços e disse: “mas eu não amava” todos caíram na risada, mas minha amiga me olhou seria e perguntou se eu o perdoara e emendou dizendo que se fosse com ela coitado do marido não amanheceria para contar a historia. Ligeiro lhe disse que o Vilson estava brincando, que o traidor em minha vida foi outra pessoa que passara em minha vida e que os detalhes não interessariam sendo que já se passou muito tempo. Os risos continuaram e de certa forma mudou o foco da conversa que começaram a brincar e por fim tudo se acalmou. 

Falando francamente não tive vontade de dar minha opinião sobre o assunto porque as pessoas ali já estavam com suas opiniões formadas e quando parte para gritarias não me sinto a vontade. Não concordo com a afirmação da prima, para mim traição não se justifica e não é só homem mulher, é na amizade, mãe e filhos e por ai vai, até quando você compra algo e mente o preço para o marido ou esposa, já se classifica como uma traição, confiança, respeito é que gera o amor entre os casais. Quando isso se quebra o amor se acaba bem mais rápido do que começou. Bom se a prima pensa desta maneira, tudo bem, quem sabe quando ela for traída por namorado ou marido mude de opinião. Como meu avô dizia para os padres com seus conselhos matrimoniais, uma pessoa que não sabe as regras de um jogo, não pode ser juiz e apitar no jogo.
Pedi as duas se poderia transformar aquela situação em um post no meu blog, concordaram, claro que elas virão aqui e verão o que penso a respeito. E ainda deixo aqui que antes de perguntar a opinião de alguém, saiba respeitar o que a outra pessoa pensa, mesmo sendo contrario a sua e mais ... Para ser ouvido não precisa gritar.



A todos que passarem por aqui desejo uma semana de muita paz.
Beijinhos.



Quem cala nem sempre consente.
Pode ser só preguiça de discutir bobagens...
Simone Monteiro