7 de setembro de 2012

PERDIDOS NO RIO INAMARU



Em Muaná todo dia é uma aventura, estava lembrando de uma de nossas aventura. Explicando que aqui em muaná não tem praia, então todos geralmente vão para seus sítios que ficam em outras ilhas, são lugares lindos a casa ficam em palafitas bem pertinho do rio. Fomos convidados para ir a um destes sítios de um amigo, iriamos junto com eles em um barco grande, mas não podíamos ir porque aqui trabalhamos de segunda a sabado o dia todo, então combinamos de irmos no domingo bem cedinho.
No domingo acordamos super cedo, arrumamos tudo que iriamos levar e embarcamos em uma voadeira (pequena lancha) e nos dirigimos rumo ao rio Inamaru, chegamos muito bem, uma hora mais ou menos, Nos divertimos muito,queriam que viéssemos na segunda feira junto com eles, mas como segunda bem cedo meu marido teria que estar na fabrica, resolvemos vir embora. Saímos de lá as cinco horas da tarde, quando estávamos nos deslocando do trapiche, nos ensinaram que se fossemos por um outro lado chegaríamos mais rápido em casa, bom resolvemos ir então por aquele caminho indicado. 
Fomos deslizando por aquele rio enorme, muitas paisagens lindas eu tirando foto de tudo, maravilhada, foi ai que nos descuidamos e passamos reto onde devíamos entrar , e navegamos, navegamos e nada de chegar e nem achar o tal furo.
Foi ai que percebemos que estávamos perdidos, detalhe já estava escuro, nós sem uma lanterna, sem um remo, nada. A maré começou a vazar e muita sujeira começou a aparecer não sei de onde, eram folhas, paus, arvores caídas e tanta coisa que tive que deitas no bico da voadeira e ir tirando o que podia da frente. O por que disso? Porque a sujeira trancava o motor da voadeira e tinha que parar o tempo todo para limpar a hélice. Por isso que os barcos viajam com a maré grande. Uma hora veio um tora tão grande que bateu no motor que chegou a levantá-lo , o pior é que ele parou e não queria mais funcionar e nós estávamos a deriva, a lua esta cheia e iluminava todo rio.

Esqueci de comentar que estavam eu, meu marido, minha filhinha (na época com treze anos) e nosso cachorro Nero ( que hoje não se encontra mais conosco).
Logo depois de tanta insistência o motor voltou a funcionar, rodamos, rodamos, já estávamos próximos da baia que vai para Belem, foi quando entrei em panico, porque até aquela hora eu estava calmíssima dando força para minha família. Pedia a meu marido que parasse na casa mais próxima para pedir ajuda, mas ele não queria porque naquele horário o pessoal se recolhia e quem chegasse eles mandavam bala pensando que eram piratas, mas não quis nem saber, quando passamos por uma casa tinha um monte de gente no trapiche e resolvemos nos arriscar e pedir informações. Fomos chegando bem próximo e meu marido começou a gritar que precisávamos de ajuda, eles nos permitiram encostar, perguntamos se estávamos longe de Muaná, eles falaram que sim muito longe, nos ensinaram como ir, mas não entendiamos, foi ai que meu marido pediu para um deles nos acompanhar, porque não acharíamos sozinho o tal caminho. Há foi uma confusão, a esposa do rapaz não quis deixar, tinha medo que fossemos bandidos, conversei com ela pedia por favor e expliquei que estava cansada e minha filha já estava assustada, acho que ela ficou com pena, resolveu ficar mais calma e permitir que seu marido nos acompanhasse. Então decidiram ir dois homens, penso que mesmo assim eles não se sentiam seguros conosco.
Depois que ficou tudo resolvido foi ai que começaram a achar graça da gente, pois só doidos que fariam uma coisa daquelas. Eles não nos conhece não viram nada,heheh.
A viagem foi longa, demorada, cansativa, como escrevi no inicio, eram cinco horas da tarde quando saímos de lá do sitio do Marcão e quando chegamos em casa já eram mais de dez horas da noite. 
Mas vejam só quando estávamos chegando perto que já dava para ver de longe a fabrica. Acabou a gasolina !!!
Já imaginou o susto? Pois é Deus cuida da gente sempre, mas dá aqueles sustinhos básicos para nos cuidarmos melhor. AFFF 




Mas não se preocupem hoje já conhecemos muito melhor os furos, ( risos)
No final tudo acabou em paz, rezei muito para Deus nos trazer em segurança e ele como sempre nos protegeu muito bem.


Na maior felicidade
Nosso querido nero... Saudades.

10 comentários :

  1. Isso foi mesmo uma aventura! Lendo, chega a ser divertido pela tua maneira descontraída de narrar, mas fico a imaginar o coração de todos... Acabou tudo bem e isso é o que importa.
    E eu que achava que era ruim se perder nos asfaltos!
    Beijo bom feriado por aí

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  2. Olá Verinha!
    Eu estou levando a vida e vc? Tudo bom?
    Caramba! Que baita história! Essa sim é uma coisa impossivel de esquecer..ainda bem que deu tudo certo...mas deu medo @_@
    kkkk de fato! A idéia de comparar o cabelo da personagem Ryoko com a mãe foi engraçada...eu nunca havia feito essa relação de época, sempre vi a personagem como uma espécie de versão punk e moicano estiloso.
    bjs

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  3. Olá Verinha.
    Que aventura minha amiga. Imagino o sufoco quando perceberam que estavam perdidos. Mas Deus providenciou a solução. Uma história eternizada na memória. Um ótimo final de Semana. Um abraço com meu carinho
    Gracita

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  4. Oi amiga Verinha!

    Tudo bem?

    Essa viagem, foi atribulada! rsrsrs

    Amiga, vim oferecer-te um miminho :)

    http://lh5.ggpht.com/-USSsRV7QAXE/UElAslY96ZI/AAAAAAAAA5Y/zAyu41xlUlk/s1600-h/Selo%252520100%252520Seguidores%252520OQMCD%25255B4%25255D.jpg

    Tem festa no blog!

    Beijos

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  5. Olá!Boa noite!
    Verinha!
    ..é verdade! Lendo o seu jeito descontraído de contar, não dá para nem imaginar a aflição e o medo do momento! Mas,importante é que deu tudo certo! A minha única aventura, nesse sentido, foi quando eu fui conduzir um barco a motor no Rio Grande/Paraná, e hoje dá até calafrios...sem nenhuma noção!
    Obrigado!
    Bom final de semana!
    Beijos

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  6. Adorei! Verinha-Indiana Jones e família e suas aventuras na selva, rsrsrsrs..... Brincando dá até pra arriscar um filme?.... Desculpe a demora em responder!....
    Um abençoado e feliz final de semana!
    Abraço carinhoso!
    Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

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  7. Verinha do céu.. você é calma menina..
    Eu morro de medo de água.. não tenho coragem de andar de barco..
    Eu acho que tinha chorado umas horas se estivesse no seu lugar.. sou medrosa demais da conta..
    Mas ainda bem que tudo deu certo..
    Imagino que hoje em dia quando lembram disso sorriem muito né?

    Adorei..

    Beijokas
    Sheila

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  8. Oi Verinha
    Muito legal sua história. Que aventura einh! Eu teria ficado apavorada kkkkkkkk.
    Bjão. Fique com Deus!

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  9. Como assim??? Batem na porta e já vão mandando bala??? ahahahaha
    Que bandido bateria na porta? O.o
    Eu sei que o relato foi tenso, mas não pude deixar de dar grandes risadas aqui. Você tem um jeito descontraído de contar.
    Em verdade, a maioria dos nossos cagaços são assim mesmo, ficamos aflitos no momento, mas depois que o perigo passa, damos boas risadas.

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  10. Olá, Verinha.
    Essa é aquela típica situação que, na hora, dá um medo e uma aflição enorme, mas que depois, ao se contar para alguém, se dá risada.
    Sem dúvida, sair de barco por um rio desconhecido pode tanto ser divertido quanto perigoso.
    Abraço.

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