13 de agosto de 2011

Não me julguem... me entendam

Domingo é o dia dos pais, um dia maravilhoso para realizar uma homenagem aos pais.
Eu tenho um pai, não o vejo muito, na verdade fui criada por meus avós. Meu pai eu fui ver ele novamente  quando já estava com 14 anos. Nesta época  foi muito difícil, pois me sentia abandonada, por mais que meus avós me dessem muito amor e atenção, eu sentia falta dele e da minha mãe tbem.
Quando estava gravida de minha filha mais velha, já com 8 messes, ele apareceu, fiquei muito feliz, pois quando estamos gravidas ficamos mais carentes,com o passar do tempo entendi o porque de minha vó me levar viver com ela, eu tinha 5 anos na época.
Meu pai não é uma má pessoa, mas tem uma doença, que se chama alcoolismo e não quer se curar, ele bebe muito e se torna uma outra pessoa, impossível de suportar. Muitas pessoas me julgam, ajudava no que podia, quis que ele viesse morar comigo, até que ele veio, mas não suportou ficar longe do álcool e mais uma vez ele se foi, o álcool é mais forte que ele.
Eu gosto dele afinal ele é meu pai, mas tem algo dentro de mim que cansou de esperar, enquanto ele e minha mãe brigavam, eu estava crescendo e me desenvolvendo longe deles.
Sentia falta chorava, esperava que um dia eles fossem me buscar, mas nada, nem uma noticia.E cresci assim , mas não pensem que sou uma revoltada porque não sou.
Tenho muito amor no coração, dou carinho para ele da maneira que posso, não fico ligando e nem querendo saber como ele esta, pois na ultima vez que fiz isso, ele não pode falar comigo por que não estava em condições.... Estava embriagado.
Quem esta de fora da minha vida, vai dizer que filha cruel, pode ser, não sei explicar, mas não posso fingir uma pessoa que não sou. Claro que queria um pai que me amasse realmente, que quando falasse comigo, me chamasse de minha filha querida, que quando me ligasse perguntasse de minha vida, como estou e não só para dar a o numero de sua conta corrente.
Julguem-me, não importa, só o que me importa hoje, são minhas filhas, estou perto delas, estou amando elas, para que um dia quando elas crescerem, não sintam que lhes faltou alguma coisa.
Mas tbem não pensem que sou perfeita, tenho mil e um defeitos e já fiz muitas bobagens, mas acordei por elas, porque as amo muito, porque elas são minha razão de viver.
Meu avô é a figura masculina que admiro, com ele aprendi a ser forte, com ele aprendi humanidade. Com meu pai testei minha paciência, o perdão, o carinho.... mas eu perdi.... mais uma vez perdi para o álcool.
                                                                         V&V


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